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5 Erros Comuns na Programação de CLPs

A programação de Controladores Lógicos Programáveis ​​(CLPs) é essencial para a automação industrial, mas erros podem comprometer a eficiência, a segurança e a manutenção dos sistemas. Muitos desses erros são evitáveis ​​com boas práticas e organização no desenvolvimento dos programas. Neste artigo, vamos abordar os cinco erros mais comuns na programação de CLPs e como evitá-los.

Falta de Organização no Código

Um dos erros mais comuns é a desorganização do código, tornando a manutenção e o entendimento do programa difícil. Nomear variáveis ​​de forma genérica, não utilizar blocos específicos específicos e escrever lógicas confusas que dificultam futuras modificações. Um programa com variaves desorganizadas, chamadas de funções feitas quando convem e logicas “Tapa buraco” feitas apenas para resolver um problema repentino que surgiram são a chave do fracasso. Atrasando a manutenção e identificação de erros no processo.

Como evitar?

  • Utilize nomes descritivos para variáveis ​​e funções, em Motor_Esteira_Ligadovez de M1.
  • Organize o código em blocos funcionais (FCs e FBs no TIA Portal) para determinadas funções específicas.
  • Comente trechos críticos do código para facilitar a interpretação.

Ignorar a Programação Estruturada

Muitos programadores ainda utilizam apenas Ladder, ignorando outras abordagens como SCL e Graph. A programação estruturada melhorou a reutilização de código e a organização lógica do programa, especialmente em projetos complexos.

Ter uma boa identação do programa, com chamadas padronizadas, nomes, variáveis, endereçamento e projeto elétrico de acordo com a máquina, faz toda a diferença tanto para a elaboração do projeto, otimizando o tempo do programador ao utilizar todos os recursos do software a seu favor, quanto para o mantenedor, que, ao se deparar com uma falha, consegue encontrar de forma fácil e direta o erro.

Como evitar?

  • Utilize UDTs (User Defined Types) para padronizar estruturas de dados.
  • Prefira Blocos de Função (FBs) para criar lógicas reutilizáveis.
  • Sempre que possível, utilize SCL (Structured Control Language) para operações matemáticas e manipulação de dados.

Falta de Tratamento de Falhas e Alarmes

Muitos sistemas falham porque não possuem rotinas eficientes de detecção e resposta a falhas. Se um sensor falhar ou um motor não funcionar, o sistema pode parar sem um diagnóstico claro.

Imagine uma linha onde são produzidas 10 caixas de leite por minuto, onde cada caixa de leite custa 4 reais e 58 centavos e gera um lucro de 2 reais e 25 centavos. Se essa máquina parar de repente e o manutentor demorar 20 minutos para identificar e corrigir a falha, a fábrica terá perdido 45 reais. Parece pouco, não é? Agora, imagine se o mesmo erro ocorrer em uma montadora de automóveis; o prejuízo seria ainda maior. Tudo isso pode ser evitado com a programação de rotinas de falhas, que irão monitorar sensores, valores, posicionamento e outras informações para facilitar o trabalho do manutentor.

Como evitar?

  • Utilize OBs de diagnóstico no TIA Portal para lidar com falhas específicas.
  • Registre eventos críticos no Diagnostic Buffer para facilitar a análise de problemas.
  • Programa lógico de segurança , como desligamento controlado em caso de falha grave.

Comunicação mal configurada

A integração de CLPs com outros dispositivos (IHMs, inversores, sensores) pode apresentar falhas devido à configuração incorreta de redes industriais, como Profinet, Modbus e OPC UA. Erros de rede são o carrasco dos programadores e manutentores, uma vez que não se sabe onde está o erro de forma visual, pode ser desde um cabo rompido até má conexão.

Como evitar?

  • Sempre verifique os endereços de IP e configurações de rede antes de fazer correções.
  • Utilize arquivos GSD/GSDML para integrar dispositivos de diferentes fabricantes.
  • Teste a comunicação antes da operação final utilizando ferramentas de diagnóstico.

Não testar o programa antes da implementação

Lançar um programa sem testes completos pode causar falhas inesperadas na produção. Isso inclui erros de lógica, tempos inadequados para ações e falta de resposta a condições anômalas.

Hoje existem diversas formas de se testar um programa, seja por simuladores ou no proprio software, simulando o programa inteiro e achando erros e falhas antes mesmo que acontecam, ganhando tempo e dinheiro com essa prática.

Como evitar?

  • Simule o programa no TIA Portal antes de transferi-lo para o CLP.
  • Teste todos os cenários possíveis , incluindo falhas e situações inesperadas.
  • Valide os tempos de resposta de sensores, motores e atuadores antes da operação real.

Conclusão

Evitar esses erros na programação de CLPs melhora a confiabilidade, a manutenção e o desempenho dos sistemas industriais. A aplicação de boas práticas, como organização do código, uso da programação estruturada, tratamento de falhas, configuração correta da comunicação e testes específicos, são essenciais para garantir um funcionamento eficiente e seguro da automação industrial.

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