Diferenças entre Automação e Instrumentação

Diferenças entre automação e instrumentação, venha descobrir do que se tratam essas duas disciplinas!

A automação e a instrumentação são duas áreas muito importantes na engenharia e elas desempenham papéis fundamentais em muitos processos diferentes.

Embora exista relação entre as duas disciplinas, elas possuem conceitos e funções diferentes.

O que é automação?

Automação basicamente significa usar a tecnologia para executar tarefas automaticamente, sem precisar de uma pessoa para fazer isso.

O objetivo da automação é melhorar a eficiência, a precisão e a confiabilidade das atividades, evitando que as pessoas tenham que fazer tarefas repetitivas ou perigosas.

Ela pode ser usada em várias áreas, como em fábricas, na agricultura, no transporte e inclusive em nossas residências.

Por exemplo, em uma montadora de carros existem vários processos automatizados. Imagine o processo de solda de peças do carro, se não existisse a automação provavelmente teria-se uma ou mais pessoas executanto essa tarefa manualmente.

Com o advento da automação, equipamentos (atuadores) como válvulas on-off ou de controle, motores elétricos, executam essa tarefa (e muitas outras) de forma automática e muito precisa.

Ainda sobre a automação, você precisa saber que esse é um mundo enorme de tecnologias e ferramentas que juntas, contribuem para que os processos sejam automatizados. Algumas das atividades importantes na automação são:

  • Conhecimento em programação de PLC’s – por meio das linguagens ladder (a mais popular), lista de instruções, texto estruturado;
  • Configuração de SDCD’s – é necessário conhecer hardware e software de programação desses sistemas, uma vez que eles são responsáveis por receber algumas informações de campo (geralmente dos sensores modulares como temperatura, nível, vazão), e inclusive, eles “conversam” com os PLC’s dentro da indústria através dos protocolos de comunicação (rede).
  • Banco de Dados – é literalmente uma base onde se armazenam os dados dos processo afim de disponiblizar para os níveis de gerenciamento dentro de um processo industrial.
  • Conhecimento dos parâmetros do processo – é uma habilidade necessária para correta programação de lógicas de controle de processos (feitos dentro dos PLC’s e SDCD’s em sua maioria).

Exemplos de dispositivos para automação

  • Controlador Lógico Programável (CLP ou PLC);
  • Interfaces Homem-Máquinas (IHM’s);
  • Robôs;
  • Sistema Digital de Controle Distribuídos (SDCD’s).

O que é instrumentação?

Já a instrumentação é o uso de instrumentos ou dispositivos como (sensores, sinalizadores, atuadores) para medir, controlar e monitorar as variáveis de um processo.

Sendo assim ,esses dispositivos “sentem” o processo por meio da medição de suas variáveis e transformam os dados coletados em informações.

Existe instrumentação (assim como a automação) em diversos processos, como indústria, nas nossas casas, nos nossos carros…você sabia que o condicionar de ar da sua casa tem instrumentação?

Então, resumidamente a instrumentação “mede” o processo e a automação usa essa medição para agir naquele processo.

Existem outras coisas envolvidas na instrumentação, aliás, existe tanta coisa na instrumentação que você ficaria surpreso.

Algumas dessas “coisas” são:

  • Metrologia – essa disciplina é responsável por garantir que as medições estejam confiáveis e precisas. Como? Através da calibração, verificação e certificação dos instrumentos de medição.
  • Redes de comunicação de instrumentos – existem protocolos de comunicação para os intrumentos inteligentes que compõem o processo em uma indústria por exemplo. Alguns nomes para você se familiarizar são, HART (em português Protocolo de Acesso a Transmissores Inteligentes), o PROFIBUS, o Foundation Fieldbus e Modbus.
  • Especificação de instrumentos (ou Folha de Dados) – essa área da instrumentação diz respeito à especificação dos instrumentos (ou dos melhores instrumentos) para cada aplicação. O profissional deve ser capaz de especificar o instrumento que melhor se adapte às condições do processo medido, levando em consideração a qualidade do instrumento e o preço, basicamente.
  • Analítica – se refere à are da instrumentação responsável pela medição de parâmetros (ou variáveis) como pH, condutividade, turbidez, etc. Essa parte da instrumentação é mais complexa e exige capacitações específicas por parte do instrumentista.

Vamos a um exemplo:

Em uma plantação de laranjas, existem sensores de umidade do solo e termômetros instalados em diferentes áreas para coletar dados sobre a umidade do solo e a temperatura ambiente.

Dessa forma, existe uma conexão desses sensores (que fazem parte da instrumentação) a um sistema de automação que controla a irrigação e o sistema de ventilação.

Assim, a combinação de instrumentação e automação possibilita o monitoramento contínuo da umidade do solo e da temperatura na plantação de laranjas, garantindo condições ideais para o cultivo e melhorando a produção de frutas com alta qualidade.

Considerações Finais

Então, trocando em miúdos (resumindo): Essas duas disciplinas (que têm uma infinidade de tenologias e conceitos associados) fazem parte de uma pirâmide com várias camadas.

Os sensores medem as variáveis do processo e a automação (PLC´s e SDCD’s) processa esses dados, transformando em informações e disponibilizando para o usuário os valores referentes às medições (IHM’s).

A automação através da instrumentação proporciona a possibilidade de se fazer inúmeras tarefas, desde as mais simples às mais complexas.

Existe automação e instrumentação nas indústrias, nas nossas casas, e nos mais diversos ambientes.

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