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Sensor Indutivo na Prática: Como Ligar e Ler no CLP

Introdução

O sensor indutivo é um dos componentes mais comuns na automação industrial. Amplamente utilizado para detecção de presença metálica sem contato, ele oferece confiabilidade e durabilidade em ambientes industriais severos. Porém, apesar de ser simples de entender na teoria, muitos profissionais ainda têm dúvidas na hora de fazer a ligação e a leitura correta no CLP. Neste artigo, vamos te mostrar na prática como fazer isso de forma clara e segura.

Como funciona um sensor indutivo?

O sensor indutivo detecta objetos metálicos por meio de um campo eletromagnético. Quando um metal se aproxima da face ativa do sensor, ele altera esse campo e gera um sinal de saída. A maioria dos sensores indutivos são do tipo PNP ou NPN e fornecem uma saída digital (ligado/desligado) que pode ser lida por um CLP.

A distância de detecção varia de acordo com o modelo, geralmente entre 1 mm e 10 mm, e ele não detecta materiais não metálicos como madeira, plástico ou papel. Por isso, sua aplicação é ideal para contagem de peças metálicas, verificação de posição de atuadores e controle de fim de curso, por exemplo.

Ligação correta: atenção ao tipo do sensor

Antes de ligar o sensor ao CLP, é essencial identificar se ele é do tipo PNP ou NPN. Essa informação costuma vir escrita no corpo do sensor ou no manual técnico:

  • Sensor PNP: envia +24V para a entrada do CLP quando detecta o metal.
  • Sensor NPN: envia 0V (GND) para a entrada do CLP.

A diferença entre eles interfere diretamente no tipo de entrada digital que o CLP deve ter: sistema source (entrada positiva) ou sink (entrada negativa). Um erro comum é ligar um sensor PNP em uma entrada sink e não obter leitura, ou vice-versa.

A ligação elétrica básica envolve três fios:

  • Marrom (Vcc): alimentação 24VDC.
  • Azul (GND): aterramento comum.
  • Preto (Sinal de saída): vai conectado à entrada digital do CLP.

Leitura no CLP: como identificar o sinal

Após a ligação correta do sensor à entrada digital do CLP, o próximo passo é configurar o canal de entrada no software de programação. Em linguagens como Ladder, você pode utilizar um contato normalmente aberto (NO) vinculado à variável da entrada, como %I0.0 ou %I1.1, dependendo da marca do CLP.

Quando o sensor detectar um objeto metálico, essa entrada passará de 0 para 1 (ou de FALSE para TRUE, dependendo do ambiente). A lógica no CLP pode acionar um atuador, contar peças, liberar o avanço de uma esteira, entre outras funções.

Uma boa prática é utilizar variáveis nomeadas, como Sensor_Presenca ou Fim_Curso_Esteira, ao invés de usar os endereços diretamente. Isso facilita o entendimento e a manutenção do programa.

Aplicações reais na indústria

Sensores indutivos são vistos em quase todas as fábricas automatizadas. Alguns exemplos clássicos incluem:

  • Verificação de fechamento de portas de segurança: o sensor detecta se a porta está no lugar certo antes de liberar o funcionamento de uma máquina.
  • Contagem de peças metálicas em esteiras: usado em conjunto com temporizadores no CLP para evitar duplas contagens.
  • Posicionamento de cilindros pneumáticos: garante que o cilindro chegou ao fim de curso antes de acionar outra etapa do processo.

São aplicações simples, mas críticas para o funcionamento seguro e eficiente de uma linha de produção.

Conclusão

Aprender a ligar e ler corretamente um sensor indutivo no CLP é um passo fundamental para quem está migrando dos comandos elétricos para a automação. Apesar de parecer simples, detalhes como o tipo de saída (PNP/NPN) e o modo de entrada do CLP fazem toda a diferença. Dominar essa técnica abre portas para aplicações mais avançadas e permite uma automação mais segura e eficiente.

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1 Comment

  1. Eu fiz pela antiga escola de vocês, o curso lógica de comandos elétricos, pena tenha sido necessário encerrar aquela, parabéns pelas aulas.


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